quarta-feira, 16 de maio de 2012

Três Lições Administrativas que Devemos Aprender Com um Clube de Sucesso

Ao assistir a apresentação de um jogo de futebol na manhã de domingo percebi que havia algo mais que um simples jogo entre duas equipes.

De um lado tínhamos um time brasileiro chamado Santos Futebol Clube, do outro tínhamos o Barcelona Futebol Clube e em jogo, o título de campeão mundial interclubes.

O Santos aspirando ao sonho de ser campeão em cima de uma grande equipe.
O Barcelona por sua vez só tinha o interesse de mostrar por que era o favorito ao título.

O resultado a maioria das pessoas conhecem deu Barcelona vencendo por 4 a 0 com uma facilidade extrema sem dar chances ao seu adversário.

Este futebol irresistível mostrado pelo Barcelona nesta decisão é o auge de um longo projeto de formação do clube, iniciado ainda nos anos 70, quando o técnico holandês Rinus Michels, o criador da seleção holandesa, assumiu como treinador.

Depois tivemos o aprimoramento, daquela idéia lançada por Michels em 76, através Johann Cruyff, nos anos 80, quando deixou o futebol de campo e assumiu como técnico da equipe. Cruyff determinou que todas as equipes, da infantil à última, a dos juniores, jogassem com a mesma filosofia dos holandeses, ou seja, a luta permanente pelo controle de bola e a retomada quando ela está com o adversário. Nos últimos três anos, em todos os jogos, o Barcelona teve maior posse de bola. Neste domingo, chegou a quase 76% contra os 24% do Santos.

Trabalho este tão bom que levou o clube a ter uma redução em investimentos nos maiores destaques do futebol mundial.

Podemos perceber com os dados expostos que a política do Barcelona de apostar nas categorias de base e apostar em apenas alguns jogadores para completar o elenco tem dado um resultado satisfatório.

Exemplificamos os poucos casos de contratação, como a do lateral brasileiro Daniel Alves, do lateral francês Abdal e do espanhol Cesc Fábregas que foi tirado do Arsenal por quase 40 milhões de euros.

Sabemos que todo grande time de futebol tem sua hegemonia, no caso do Barcelona, a superioridade parece destinada a ser ainda mais longa. Por um motivo que explica a própria filosofia do futebol do clube: a base repõe as peças que deixam o time ou por idade ou por serem vendidos. Chegam e mantêm o estilo.

Quais a lições administrativas podemos aprender com o Barcelona?
São elas:

1° O aperfeiçoamento de uma idéia existente

Foi o que Johan Cruyff fez, quando determinou que todas as equipes, da infantil à última, a dos juniores, jogassem com a mesma filosofia dos holandeses, ou seja, a luta permanente pelo controle de bola e a retomada quando ela está com o adversário.

2° Conservação de cultura profissional

Mesmo com mudanças de treinador e dirigentes, a filosofia seguida pelo futebol do Barcelona não muda. É uma política do clube. Todos sabem que o Barcelona se adaptou perfeitamente ao jeito holandês de jogar.

Pep Guardiola, o treinador atual, ganhador de 10 títulos nos últimos três anos, foi jogador da base. Foi promovido ao time profissional exatamente por Cruyff. Ao deixar o futebol de campo, Guardiola passou um período trabalhando exatamente na base. Assim, quando assumiu o cargo no time principal, ele já tinha toda a cultura assimilada de seus tempos de jogador, das conversas com Cruyff, do período na base. Foi só dar continuidade.

3° O investimento pesado nas pratas da casa trará bons resultados.

Sabemos que quando investimos em algo ou alguém teremos um retorno maior posteriormente.

Hoje temos o Messi, o Iniesta e Xavy que vieram da divisão de base do Barcelone e que trazem um alto nível de marketing para equipe, além de grandes patrocinadores que investem neste grande time de futebol.

Estas lições não podem ser esquecidas e sim adaptadas ao seu negócio.

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