Ao
assistir a apresentação de um jogo de futebol na manhã de domingo percebi que
havia algo mais que um simples jogo entre duas equipes.
De um lado tínhamos
um time brasileiro chamado Santos Futebol Clube, do outro tínhamos o Barcelona
Futebol Clube e em jogo, o título de campeão mundial interclubes.
O Santos aspirando ao
sonho de ser campeão em cima de uma grande equipe.
O Barcelona por sua
vez só tinha o interesse de mostrar por que era o favorito ao título.
O resultado a maioria
das pessoas conhecem deu Barcelona vencendo por 4 a 0 com uma facilidade
extrema sem dar chances ao seu adversário.
Este futebol
irresistível mostrado pelo Barcelona nesta decisão é o auge de um longo projeto
de formação do clube, iniciado ainda nos anos 70, quando o técnico holandês
Rinus Michels, o criador da seleção holandesa, assumiu como treinador.
Depois tivemos o
aprimoramento, daquela idéia lançada por Michels em 76, através Johann Cruyff,
nos anos 80, quando deixou o futebol de campo e assumiu como técnico da equipe.
Cruyff determinou que todas as equipes, da infantil à última, a dos juniores,
jogassem com a mesma filosofia dos holandeses, ou seja, a luta permanente pelo
controle de bola e a retomada quando ela está com o adversário. Nos últimos
três anos, em todos os jogos, o Barcelona teve maior posse de bola. Neste
domingo, chegou a quase 76% contra os 24% do Santos.
Trabalho este tão bom
que levou o clube a ter uma redução em investimentos nos maiores destaques do
futebol mundial.
Podemos perceber com
os dados expostos que a política do Barcelona de apostar nas categorias de base
e apostar em apenas alguns jogadores para completar o elenco tem dado um
resultado satisfatório.
Exemplificamos os
poucos casos de contratação, como a do lateral brasileiro Daniel Alves, do
lateral francês Abdal e do espanhol Cesc Fábregas que foi tirado do Arsenal por
quase 40 milhões de euros.
Sabemos que todo
grande time de futebol tem sua hegemonia, no caso do Barcelona, a superioridade
parece destinada a ser ainda mais longa. Por um motivo que explica a própria
filosofia do futebol do clube: a base repõe as peças que deixam o time ou por
idade ou por serem vendidos. Chegam e mantêm o estilo.
Quais a lições
administrativas podemos aprender com o Barcelona?
São elas:
1° O aperfeiçoamento
de uma idéia existente
Foi o que Johan
Cruyff fez, quando determinou que todas as equipes, da infantil à última, a dos
juniores, jogassem com a mesma filosofia dos holandeses, ou seja, a luta
permanente pelo controle de bola e a retomada quando ela está com o adversário.
2° Conservação de
cultura profissional
Mesmo com mudanças de
treinador e dirigentes, a filosofia seguida pelo futebol do Barcelona não muda.
É uma política do clube. Todos sabem que o Barcelona se adaptou perfeitamente
ao jeito holandês de jogar.
Pep Guardiola, o
treinador atual, ganhador de 10 títulos nos últimos três anos, foi jogador da
base. Foi promovido ao time profissional exatamente por Cruyff. Ao deixar o
futebol de campo, Guardiola passou um período trabalhando exatamente na base.
Assim, quando assumiu o cargo no time principal, ele já tinha toda a cultura
assimilada de seus tempos de jogador, das conversas com Cruyff, do período na
base. Foi só dar continuidade.
3° O investimento
pesado nas pratas da casa trará bons resultados.
Sabemos que quando
investimos em algo ou alguém teremos um retorno maior posteriormente.
Hoje temos o Messi, o
Iniesta e Xavy que vieram da divisão de base do Barcelone e que trazem um alto
nível de marketing para equipe, além de grandes patrocinadores que investem
neste grande time de futebol.
Estas lições não
podem ser esquecidas e sim adaptadas ao seu negócio.
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