quarta-feira, 23 de maio de 2012

Avaliação do Desempenho



Para que uma pessoa possa ser avaliada e cobrada por um desempenho satisfatório, ela deve em primeiro lugar saber, sem quaisquer dúvidas, quais são suas atividades e o que elas implicam para o dia-a-dia da empresa.

Essas atividades, decorrentes sempre do cargo que ocupam, devem estar claramente definidas por escrito e devem ser de conhecimento de toda a empresa. Isso evitará a clássica desculpa “isso não faz parte de minhas atividades”, muito comum quando não se sabe o que cada um faz.

Em se tratando de avaliações de desempenho, temos de levar em consideração um fato muito importante: essas avaliações são geralmente malfeitas, gerando mais conflitos que soluções. Em geral, os dirigentes não sabem realizá-las.

Outro fator importante é a resistência humana às críticas, sejam positivas ou não. E mais, como fazer uma boa avaliação de desempenho individual, se cada vez mais as atividades têm de ser realizadas em equipe, sem que isso gere ainda mais conflitos, por competitividade, dentro da equipe?

Muitas empresas decidiram simplesmente aboli-las em vez de atacar diretamente o foco do problema. E, além disso, não há maneira melhor de aprimorar o desempenho de uma pessoa do que através de avaliações imparciais e oportunas, feitas por seus superiores, sempre ressaltando os pontos positivos do avaliado e informando onde ele pode melhorar.

Em meus anos como professor universitário, uma das maiores dificuldades encontradas dizia respeito a como avaliar corretamente o desempenho dos alunos. A faculdade exigia duas provas por semestre, a fim de determinar a média final. Cabia ao professor, caso desejasse, realizar avaliações intermediárias, através de testes ou trabalhos, a fim de complementar a nota. Seria o ideal, se não houvesse mais de sessenta alunos por turma. Mal havia tempo de preparar as aulas, o que se dirá da correção de avaliações contínuas, como seria o melhor? (Sinceramente, se eu mal conseguia me lembrar do nome de dez deles, como fazer para avaliá-los correta e imparcialmente a posteriori?)

Esse exemplo pode ser extrapolado para uma empresa. Quais dos chefes numa grande organização têm mais de sessenta colaboradores para avaliar? Quais desses chefes têm tempo para isso?

Mas as chefias (e principalmente os colaboradores) não podem ficar sem conhecer o resultado dessas avaliações. É uma ferramenta de motivação3 (quando mal utilizada, entretanto, pode gerar a desmotivação do avaliado). Se alguém vai mal em uma avaliação, deve saber o porquê e ser auxiliado no processo de melhoria.
Portanto, se o avaliado não está recebendo retorno satisfatório dessas avaliações, é interessante que ele pergunte ao chefe sobre seu desempenho. E importante: avaliação de desempenho não visa somente aumento de salário, mas sim o aprimoramento profissional e o alcance de metas organizacionais. Deixe isso sempre claro para seus colaboradores.

Um exemplo de sistema de avaliação, baseado em múltiplas fontes, adotado para ajudar o desenvolvimento do colaborador é a denominada Avaliação 360 Graus4, fundamentada no fato de que ninguém melhor para avaliar um colaborador do que as pessoas que fazem parte do "círculo de atuação" dele.

Você se lembra do que fez em 14 de junho de 2006? Duvido que sim. E seu colaborador, o José? Você é capaz de dizer se ele fez bem seu trabalho nessa data? Ou ocorreu algum problema, do qual você já não se lembra mais?

Como espera avaliar seus colaboradores adequadamente, se nem sabe o que comeu ontem? Faça essa experiência: Tente se lembrar de algo que fez trinta dias atrás. Não consegue?

Quando passei a ser cobrado por desempenho em minhas atividades (e isso ocorreu bem rápido em minha vida profissional), vi-me nessa situação – não me lembrava das atividades importantes que havia realizado (sabia que tinha feito algo de importante, não é possível passar tantas horas trabalhando sem realizar nada de útil!).

Um amigo me disse, então, que fazia resumos das atividades diárias que realizava (em no máximo cinco linhas), num pequeno caderno que levava sempre na maleta.

Achei enfadonho a princípio, mas depois de pouco tempo percebi como ficava mais fácil preencher relatórios dos projetos sob minha responsabilidade, bem como me sentia mais confiante por saber, a qualquer momento, em que atividades gastava minhas preciosas horas, caso fosse questionado.

Não digo que você faça o mesmo, se bem que o conselho é bom. Mas não custa nada despender quinze minutos diários para preencher, numa planilha no computador – ou mesmo numa folha de almaço quadriculada – se o desempenho diário de cada um dos membros de sua equipe de trabalho foi satisfatório ou não.

É algo bastante simples, como no exemplo abaixo:

Nome / Dia 02/01/aa 03/01/aa 04/01/aa ... 31/01/aa
Colaborador A OK OK Melhorar atividade x OK OK
Colaborador B OK OK OK OK OK
Colaborador C OK OK OK OK OK

Isso permitirá que você se lembre do ocorrido numa certa data e possa tomar providências para resolver o problema junto à pessoa, da forma mais adequada.

Percebemos que ainda falta muito para que as organizações venham realmente a utilizar de maneira sábia esse importante instrumento de gestão que é a avaliação de desempenho. Espero que você, estando alerta deste problema, não incorra no mesmo erro que, volto a lembrar, é um dos principais fatores de desmotivação entre os colaboradores.


Notas
* Escolho o termo colaborador, pois os termos funcionário e empregado, carregam um certo ranço pejorativo, visto em sua própria definição no dicionário: “...Pessoa física que presta serviços de caráter não eventual a um empregador, sob a dependência dele e mediante salário.” (Aurélio) – no mesmo verbete, o termo também é definido como criado.
Nesse dicionário, a definição de colaborador condiz mais com a verdadeira natureza do trabalho realizado pelas pessoas nas empresas: “...Aquele que colabora...co-autor”, ou seja, considero que sem os colaboradores não há empresa.

1. “As avaliações mais valiosas são as interações diárias entre os chefes e seus subordinados -- e esse tipo de coisa não pode ser traduzido em formulários...” – Gina Imperato, “Como Fazer uma boa avaliação de desempenho”, Revista VOCÊ S.A., novembro 1998.

2. Quando participei da implantação da Norma NBR ISO 9000 em empresas, um dos aspectos facilitadores geralmente mais negligenciados pelos administradores dizia respeito a colocar no papel as funções dos cargos (isso auxilia muito também na identificação das necessidades de treinamento). Parecia medo das chefias (será que sentiam que iam perder algum poder com isso?) de “oficializar” aos colaboradores quais eram suas atribuições, sobre as quais estes seriam cobrados no dia – a - dia.

3. Motivar, segundo uma das definições do Dicionário Aurélio, é “...despertar o interesse ou o entusiasmo; estimular...”
Todo mundo já deve ter ouvido, algum dia, a frase: “Você não é pago para pensar”.
Esta é sem dúvida uma das maiores bobagens ditas por alguém que possui subordinados. Em primeiro lugar por ser tremendamente desmotivadora, em segundo, por ser uma tolice rematada. Se você tem um colaborador, por que não aproveitar as idéias que ele tenha, pagando o mesmo no fim do mês? Não é porque você é o chefe (ou dono do negócio) que tem todas as respostas corretas. Poderá se admirar ao ver como seus colaboradores podem auxiliá-lo nesta questão. Incentive-os a terem idéias e recompense-os por elas.

4. Para saber mais sobre avaliações de desempenho, consulte Gestão de Pessoas, Idalberto Chiavenatto, Editora Campus, 1999.

Henrique Montserrat Fernandez é Administrador de Empresas com pós-graduação em Análise de Sistemas e MBA em Tecnologia da Informação / E-management pela FGV/RJ. Com 29 anos de atuação profissional, trabalhou em empresas de médio e grande portes, tais como Grupo Bonfiglioli, Copersucar e SENAC, entre outras. Foi Gerente de Sistemas e Métodos da Zanthus, tradicional fabricante de Terminais Ponto de Venda, onde atuou por mais de seis anos. Foi também professor universitário na década de 90, além de possuir vasta experiência em treinamento empresarial. É especialista nas normas ISO 9000, sendo Lead Auditor pela Perry Johnson Inc., desenvolvendo, inclusive, softwares para essa área. Atual Diretor da Zamplex Consultoria, é autor do livro "Evitando a Falência - Garanta o Sucesso de Seu Negócio" (www.zamplex.com.br), além de escritor de vários artigos sobre gestão empresarial

12 passos para o sucesso

Todos os dias defrontamo-nos com obstáculos que dificultam nosso trabalho. Mas, olhando por outro ângulo, estes podem enriquecer nossas vidas - senão, qualquer um teria sucesso. Foi Moliere, o escritor francês, que disse "Quanto maior o obstáculo, maior a glória ao superá-lo". Vejamos quais são os 12 passos para o sucesso:

1) Estabeleça objetivos claros e específicos, e ponha-os no papel: dizer que quer ganhar mais dinheiro e ter mais tempo livre, por exemplo, não é um bom objetivo. Ele é claro, mas não é específico. Quanto? Até quando? Quanto tempo livre você quer? Visualize, trace a meta e escreva.

2) Sonhe - com os pés no chão: é importante ser realista. Você fraqueja ao obrigar-se a atingir objetivos inalcançáveis, ou num espaço de tempo curto demais. Sonhar é bom, quebra paradigmas e visualiza novas realidades, mas, trabalhar geralmente é bem mais produtivo.

3) Monte um cronograma: basta uma agenda semanal, com tarefas diárias. Esta é uma forma de ver se está vencendo as etapas necessárias, ele o obriga a ser honesto com você mesmo. Isso permite acompanhar seu progresso e fazer as correções.

4) Faça revisões constantes: as revisões devem servir para reforçar a visualização do sucesso, mostrar os resultados já atingidos e o que ainda há de fazer. Em tempos ruins, revisões podem lhe dar insights interessantes, e relembrá-lo do seu sonho. Mesmo quando as coisas vão bem, uma revisão pode motivar.

5) Não desperdice recursos: como queremos resolver tudo, esquecemos que muitas vezes pode existir alguém que já passou pela mesma situação - e com sucesso - então, não é preciso reinventar a roda. Saia do escritório e vá fazer perguntas. Afinal, estamos na era da informação: aproveite e use-a!

6) Priorize atividades mais importantes: não perca tempo. Descubra quais são as atividades mais importantes, e dê-lhes prioridade total. Aqui também se aplica a Lei de Pareto: 80% dos seus resultados geralmente são conseguidos através de 20% do seu tempo e esforço. Melhore a qualidade desses esforços e você vai estar bem mais perto do sucesso.

7) Envolva as pessoas à sua volta: o envolvimento de outras pessoas e a sinergia ajudam a superar obstáculos, pois nos obriga a continuar mesmo. Além de melhorar a vida de quem trabalha em conjunto. Então, aposte na política.

8) Não tome atalhos: sucesso é 1% de inspiração e 99% de transpiração. Se atalhos fossem melhores, não teríamos estradas e nem avenidas. Lembre-se de que cada etapa é importante.

9) Resolva seus problemas na hora: é a melhor maneira de aumentar sua produtividade (e de dormir tranqüilo!).

10) Respeite sua intuição: a intuição nos manda recados sutis de coisas que não percebemos conscientemente.

11) Pensamento positivo: limite as leituras negativas ou programas negativos de televisão. Leia mais histórias de sucesso, que inspirem e motivem. Pense bem das pessoas. Sua atitude para alcançar o sucesso é a melhor ferramenta.

12) Siga seu plano - é hora de ação: o sucesso requer equilíbrio. Muitas vezes a diferença entre quem sonha com o sucesso, e aqueles que o alcançam, está simplesmente na consistência de seus atos.

Desenvolvimento Profissional | Organize seu Tempo!

Quem nunca se atrasou para algum compromisso que atire a primeira pedra!
Concordo, mas atrasos constantes tornam-se irritantemente inaceitáveis se acontecidos com freqüência.

Atrasos freqüentes têm em sua maioria dois motivos: Falta de planejamento ou falta de atenção necessária, para não citar falta de prioridade.

Quando uma pessoa diz que não tem tempo ou que o dia está “corrido”, justificando algum atraso, entenda que ela não se planejou suficientemente para atender àquele compromisso ou não deu a devida atenção ao compromisso.

A velha frase “Desculpe, o transito está impossível” virou jargão nos dias de hoje, ainda mais com o transito caótico presenciado diariamente. E exatamente por ter virado jargão, as pessoas não deveriam se atrasar tanto, já que sabem que enfrentarão transito, e têm ferramentas para descobrir a intensidade do mesmo nas vias do percurso.

Imprevistos acontecem, claro, e não quero parecer uma pessoa intransigente, impaciente e não passível a erros. Porém, no mundo empresarial um atraso pode ser crucial para o fechamento de um negócio.

No caso de imprevistos ligue, peça desculpas e pergunte se não haverá problemas caso atrase um pouco. Se perceber com antecedência que não chegará a tempo no compromisso, desmarque, e peça para a pessoa verificar o melhor horário para outra reunião. Não é questão de etiqueta empresarial, e sim de elegância, por mais que os dois andem juntos.

Temos que ter em mente que, do mesmo jeito que você dispôs daquele tempo para ir a uma reunião no cliente, mesmo com pouco tempo disponível, ele também reservou aquele horário da mesma forma e caso atrase, você será “o imprevisto” do dia dele.

Portanto planeje-se e seja pontual em seus compromissos.

Desenvolvimento Profissional | Capacite-se para Evoluir!

Há profissionais que acreditam que ir ao trabalho é apenas chegar dentro do horário contratado e desenvolver as tarefas que foi orientado a realizar. De certa forma não deixa de estar correto, porém será também a única atividade que conseguirá exercer, pelo menos enquanto alguém não fizer algo além do que este profissional faz. 

Trabalhar não se resume simplesmente em realizar as atividades para as quais fomos designados e cumprir a carga horária exigida. Devemos ser pró-ativos, saber ouvir e interpretar tudo à nossa volta, o comportamento dos colegas de trabalho, dos clientes e principalmente nossas atitudes. Através destas observações poderão ser verificadas as necessidades de cada indivíduo, meios de ajudar, agilizar, flexibilizar e colaborar para o envolvimento e satisfação de todos.

Existem profissionais com habilidades e competências específicas e que se destacam uns dos outros. Obviamente, há aqueles que possuem uma admirável competência para debater sobre determinados assuntos, porém muitas vezes, lhes faltam habilidades suficientes para lidar com pessoas ou situações inovadoras e responsáveis pela quebra de paradigmas dentro da organização.

Ambas as situações são reversíveis. Um erro comum percebido no mercado de trabalho é em relação ao profissional que acredita que sempre sabe sobre tudo. Considera desnecessário estudar, se atualizar, aprender com os colegas, participar de treinamentos, palestras e seminários além de não ter o hábito de realizar auto-avaliação de suas habilidades e competências para buscar pontos de necessidade de melhorias. 

Todos devem passar por reciclagens constantes através de cursos e treinamentos, sejam eles nas áreas diretamente relacionadas às suas atividades, sejam naquelas correlacionadas e que influenciam no resultado do trabalho ou da vida pessoal. Cursos, treinamentos e outras formas de capacitação com objetivo de se requalificar, abordando temas como reciclagem, qualidade de vida, assédio moral ou palestras motivacionais são importantes por apresentarem novos pontos de vista sobre o ambiente de trabalho e comportamento. 

Temas relacionados à sua área específica como marketing, vendas, qualidade, logística, comércio exterior, segurança, informática, agregam informações que aprimoram a atividade exercida diretamente enquanto os demais assuntos mencionados complementam as qualificações e colaboram para que o profissional interaja com outros campos de atuação e proporcionam uma melhor visão estratégica.

Hoje são encontradas várias oportunidades para capacitação de profissionais. Existem custos à distância, vídeos e também cursos presenciais criando assim oportunidade e acesso a todos. A capacitação de cada profissional não deve ficar vinculada apenas às oportunidades que a empresa lhe oferece, mas também ao interesse em ir em busca de sua qualificação.

Todos têm seu time preferido, esporte, clube, amigo e animal predileto. Atue com o que realmente se identifica e se realiza. Tenha sua profissão preferida. Aquela que o motiva a investir em sua constante capacitação profissional. A profissão que proporciona uma grande realização em sua vida e que também gere resultados para a empresa, seus clientes e principalmente para você. 

Diferencie-se e seja exclusivo. Ser um profissional é mais que apenas ter uma atividade profissional. É fazer com que a cada dia sejam geradas novas oportunidades de ampliar seu crescimento e apresentar criatividade em fazer novo o que é tradicional. 

Você deve sentir-se 100% realizado em suas atividades. Sua satisfação proporcionará um ambiente mais agradável aos que dividem atividades com você. A alegria e os sorrisos constantes aumentarão a produtividade de todos, ajudarão a reduzir as dores de cabeça e o estresse diário.

Faça que seu trabalho seja realmente o seu trabalho preferido. Se você acreditava que “a grama do vizinho era mais verde” passe a confiar que seu jardim é mais fértil. Plante todas as metas pessoais de crescimento e regue com as informações que deseja. No momento adequado você poderá colher os frutos saborosos que foram germinados por seu conhecimento e adubados por sua determinação

Escola do Relacionamento

Nunca imaginei que bons contatos fossem determinados por pessoas iguais, e sim pelo enriquecimento da nossa capacidade, para poder satisfazer aos grupos heterogêneos com os quais vamos ter que conviver. 

Saber lidar com um “Bom dia Senhor”, tanto quanto, com um “Fala Cara... ta na Boa” depende das aptidões que adquirimos quando da pratica de atitudes e ações, pelo envolvimento natural e espontâneo de terceiros, para somar, ampliar e complementar ao que somos e pretendemos ser. 

Esse negócio chamado “Relacionamento” será sempre uma pedra a ser lapidada para se transformar em algo de suporte e fortalecimento aos momentos decisórios das nossas vidas. Mais do que ser um bom sujeito ou um profissional capaz, se de fato somos é porque temos apoio e aval daqueles que nos envolvemos, pois longe de tapinhas nas costas e de sorrisos do tipo “comercial de pasta dental”, nosso grau de liderança e conquistas tem a ver com os alicerces de sustentação: pelas aprovações, troca de valores e aceitabilidade. 

Deixar de se expor, por medos, receios ou timidez será tão prejudicial como achar que não precisa de ninguém (prepotência). Pelo contrário, nosso sucesso é sempre dependente dos julgamentos e avaliações, e como todo bom político é sempre melhor ser medido pelo próprio grupo e longe dos oposicionistas. Lembre que o excesso de oposição é decorrente da ausência de bases de suporte e parcerias e esses serão trunfos para que portas superiores sejam abertas. 

Sua vida começa a acontecer quando iniciamos os passos para cultivar pessoas, ligando-as a um processo seletivo pela afinidade. Sua profissão acontece quando o foco do que pretende estiver ligado a um plano seletivo de busca capaz de gerar quantidade com qualidade. 

Na arte do contato, iniciamos, desenvolvemos, decepcionamos e ficamos decepcionados, surpreendemos e somos surpreendidos, até que as conquistas, sempre em processo de reciclagem pelo entra e sai, gerem fatores de dependência mutua e necessidade de compartilhamento, para adição aos processos de comprometimento e cumplicidade dos grupos e seus interesses. 

No varejo da vida e dos negócios dependemos dos talentos coletivos (velhos com novos) para a criação, interpretação e ação frente à percepção do quando mudar, evitando o desuso, e garantindo resultados com sustentabilidade. 

Importância do Visual nas Relações Profissionais

Com Que Roupa Eu Vou?Duas perguntas são freqüentes nos seminários que apresento sobre Marketing Pessoal por todo o Brasil: . A primeira imagem é a que fica? . Qual a melhor roupa para eu usar no trabalho? 

Para responder às duas perguntas vou contar uma história que nos foi relatada por uma das participantes destes seminários. Rita buscava um novo emprego há mais de quatro meses. Naquele momento trabalhava no departamento de informática de uma empresa de grande porte, mas não percebia perspectivas de crescimento profissional. Isto a desmotivava. Rita enviou diversos currículos, porém poucas foram as ofertas realmente interessantes. Como o costume vigente na empresa para o vestuário era de sobriedade, Rita usava tailleurs e conjuntos clássicos, maquilagem leve (batom claro, rímel nos olhos), saias sempre na altura dos joelhos, acessórios elegantes e discretos, e blusas que compunham o visual com classe e credibilidade. Todos os colegas a viam como uma pessoa competente. Numa sexta-feira Rita recebeu uma ligação logo pela manhã. A gerente de Recursos Humanos de uma empresa multinacional ligou para agendar uma entrevista para aquele mesmo dia. "Não poderia ser outro?" - perguntou Rita a si mesma. 

A empresa em que trabalhava tinha instituído o " casual day " às sextas-feiras havia dois meses. Como Rita trabalhava internamente sem visitar clientes externos, também aderiu àquela prática com entusiasmo. Neste dia, por conta do " casual day ", Rita estava com uma calça jeans , sapatos baixos ao estilo dockside e uma blusa com estampa floral. Tudo perfeitamente adequado para o ambiente casuístico da organização naquele dia. Rita sabia que se comparecesse vestida daquela forma logo na primeira entrevista transmitiria uma primeira impressão de descaso, desleixo e até de incompetência. Se fosse para casa trocar de roupa iria se atrasar. 

Conseqüentemente, também prejudicaria sua imagem diante de uma empresa que a interessava muito. "E agora, o que fazer?" - pensou novamente naquela fração de minuto. - Podemos agendar para outro dia? - perguntou desconcertada. - Não! - respondeu enfaticamente a gerente de Recursos Humanos - estamos concluindo o processo seletivo e seu currículo foi muito bem indicado, por isso estamos abrindo esta exceção para entrevistá-la hoje - continuou. Aqui cabe uma pausa para reflexão: o que você faria no lugar de Rita? Coloque-se na posição dela e imagine sua reação. Era uma oportunidade que poderia mudar sua vida profissional. Não sabemos como são os valores desta empresa e do entrevistador quanto à apresentação pessoal, ou melhor, quanto à vestimenta adequada para aquele novo ambiente. Também não temos noção de como a gerente de Recursos Humanos reagiria se houvesse um atraso para a entrevista. 

Muitas dúvidas? Ótimo, pois não há uma resposta pronta, mas diversas formas de abordar esta mesma situação. Vou apresentar duas. Uma que foi a escolhida pela nossa "heroína" e outra que ilustrarei como alternativa. Cabe a você, leitor, analisar ambas e sentir qual tem a ver com seu perfil. Se possível, pense em outras respostas, mas sempre lembrando que uma primeira imagem bem sucedida abre muitas portas. Uma impressão ruim logo de início é muito mais difícil de ser revertida. Portanto, a primeira impressão pode não ser a que fica, mas marca profundamente a ponto de favorecer ou prejudicar o alcance de seus objetivos. Vemos isto ocorrer em nosso cotidiano com políticos, artistas, empresários, atletas renomados e também com pessoas de nosso convívio diário. Quantas destas pessoas tiveram suas carreiras afetadas por uma imagem negativa causada logo no primeiro contato? Uma exposição infeliz pode acarretar sérios danos na imagem que pretendemos construir ao longo de nossa carreira profissional. Voltando ao nosso caso, Rita tomou a seguinte decisão: passou em um shopping center próximo do trabalho e comprou roupas novas e adequadas à entrevista. 

Chegou no horário marcado e com uma apresentação pessoal mais sóbria. Isto reforçou sua confiança no momento da entrevista, a ponto dela comentar com a entrevistadora sobre a situação que passou ao final do processo. Este comentário rendeu-lhe uma boa impressão perante a gerente, pois demonstrou jogo de cintura, capacidade para resolver situações inesperadas e criatividade. Aliados ao seu excelente currículo, estas características fizeram com que Rita conseguisse o emprego e sua história serve de benchmarking para todos nós. Mas você deve estar se perguntando: muito bem, mas se não houver um shopping center aqui por perto ou condições financeiras para arcar com esta compra? O que pode ser feito? É aí que apresento uma alternativa. Sabemos que agendar para outro dia é impossível. Atrasar-se logo no primeiro contato é totalmente descartável. 

Uma das possibilidades é falar com o entrevistador ainda pelo telefone e explicar a situação. Com isto você evita chegar na entrevista de forma a causar uma surpresa para a outra pessoa. Garante também que você conhece a importância da apresentação pessoal e respeita os valores daquela organização. É possível transmitir uma boa impressão já ao telefone. Para isto trate o caso com naturalidade, demonstrando interesse, disposição e segurança. Como? Bem, isto é assunto para outro artigo. Para concluir, lembro a famosa frase de Vinícius de Moraes: "as feias que me desculpem, mas beleza é fundamental". No nosso caso faço uma importante alteração para complementar a resposta às questões iniciais: "os despreocupados com a aparência que me desculpem, mas apresentação pessoal é fundamental."

Trabalho & Vida

O que você prefere: ser um sucesso em algo que odeia ou um fracasso em algo que ama? Essa tem sido uma pergunta cada vez mais freqüente no ambiente de trabalho. Muita gente está em cargos e funções que, se pudesse realmente escolher, não estaria. Mas como precisam de dinheiro e da segurança, ficam lá. 

Pergunta: que tipo de resultado será que teremos numa empresa onde a maioria das pessoas não ama realmente o que faz? 

Todo mundo concorda que as empresas vencedoras precisam de pessoas que vistam a camisa e estejam realizadas no trabalho. Este não é um novo conceito. Mas é uma das regras mais desrespeitadas do mundo corporativo. Existem milhares de pessoas inteligentes, com habilidades e talentos completamente desperdiçados pela falta de motivação. Andam com o freio de mão puxado, inseguras de sua posição no mundo, sem contribuir nem produzir nem 25% do que seriam capazes. 

Acho que as pessoas já começam na carreira muitas vezes de forma errada. As empresas estão acostumadas a pensar em termos de oportunidades. Na nossa vida pessoal, temos que começar a pensar diferente: “O que quero fazer da minha vida?”. Citando Eduardo Galeano, somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos. 

Vejo muita gente falando de planejamento de carreira. Pessoalmente, acho isso uma tremenda bobagem, pois resulta numa vida quadradinha, cartesiana. Acho que foi Helen Keller quem disse “Evitar o perigo não é mais seguro do que viver exposto a ele. A vida é uma grande aventura, ou então não é nada”. 

Essas pessoas podem até conseguir o sucesso financeiro e social, mas é tudo fachada. Por dentro estão destruídas, consumidas internamente por um sentimento que insiste em fustigá-las sem trégua. É a dúvida mais atroz que existe: se teoricamente tenho tudo para ser feliz, porque não sou? 

Felizmente existe uma saída. Ao invés de se concentrar no que virá depois, concentre-se no que é mais importante. Como disse certa vez um sábio, preocupe-se mais com o seu caráter do que com sua reputação, porque sua reputação é o que os outros pensam de você, e o seu caráter é quem você realmente é.

Na verdade, o trabalho certo para você deveria ser mais parecido com a vida de verdade: às vezes divertido, às vezes agitado, muitas vezes frustrante. Você sabe que encontrou algo que realmente ama quando as contrariedades parecem superficiais e fáceis de contornar. São pequenos obstáculos, que você usa como degraus para o sucesso. 

Ainda temos o conceito errado de que todo trabalho deve ser desafiador, divertido, revigorante. Todos os dias! Como se isso fosse realmente possível. Mesmo estrelas de rock ficam cansadas de apresentar-se todas as noites para milhares de pessoas. As pessoas que realmente amam seu trabalho raramente falam de como ele é emocionante ou desafiador. Usam termos mais profundos: significado, sensação de bem-estar, realização. Para as pessoas que amam o que fazem, trabalho e vida pessoal estão irremediavelmente juntos, não existe uma coisa sem a outra. É tudo uma vida apenas. Como disse Goethe: “A pessoa que nasceu com um talento que estava destinado a usar encontra sua maior felicidade ao usá-lo”. 

Estamos escrevendo todos os dias a história da nossa própria vida. Não é uma história de conquistas, mas sim de descobertas. Através de erros e acertos descobrimos qual a verdadeira contribuição que podemos dar ao mundo. Assim, descobrimos que o que no começo parece um grande salto audacioso é apenas um pequeno passo em relação ao futuro. 

Então da próxima vez que for aceitar um desafio, não pergunte ‘o que vou fazer?’, mas sim ‘em que tipo de pessoa vou me transformar?’. Porque só existe uma opção: ou você ama o que faz, ou não ama. Ponto final.

Organização Pessoal: Quando o Homem Empaca

Muitos profissionais possuem uma lista de tarefas quase impossível, e por isso acabam escolhendo as mais fáceis, urgentes ou agradáveis. Até aí tudo bem. Mas se as tarefas mais estratégicas são sempre adiadas, problemas podem aparecer. Tarefas pessoais entram no mesmo caso. Você conhece alguém assim? 

Muitas pessoas vivem a expectativa de um futuro que existe apenas nos pensamentos e esperanças e deixam as atividades do dia-a-dia para depois, pensando: “Amanhã eu faço”, “Ainda não estou pronto”, “Ainda não está no
momento”, etc.

Para situações assim, pense que o futuro começa no passado e que hoje é o momento mais importante entre esses dois pontos no tempo. Sem presente não há passado e, geralmente, são as ações do presente e do passado que geram o futuro.

O primeiro passo para vencer a imobilidade temporal ou procrastinação é justamente a clara noção de que os eventos estão todos interligados. Somente com atividade, dedicação, disciplina e objetividade é que os resultados se apresentarão de maneira efetiva.

Alguns pontos que podem auxiliar a identificar (e superar) a procrastinação:

1. Faça uma lista de alguns eventos que podem estar sofrendo os efeitos da procrastinação.

2. É importante compreender as razões da procrastinação, que podem ser:
» Grau de dificuldade.
» Medo do sucesso.
» Não saber dizer “não” e acumular muitas atividades.
» Medo de falhar.
» Falta de planejamento do tempo, que resulta no acúmulo de atividades.
» Medo do desconhecido.
» Falta de motivação.
» Baixa auto-estima.
» Estresse ou cansaço ocupacional.
» Sensação de injustiça.
» Excesso de perfeccionismo.
» Sensação de imobilidade física e mental.

3. Estabeleça uma lista de atividades que estão sendo retardadas e um cronograma de como e quando poderão ser cumpridas.

4. Para facilitar, divida uma tarefa muito complexa ou extensa em duas ou mais partes.

5. Procure a ajuda ou opinião de alguma pessoa próxima, assim você terá um outro ponto de vista que o ajudará a ajustar seus planos e expectativas.
6. Entenda que, eventualmente, as mudanças podem demorar um pouco mais do que o planejado, portanto, é necessário controlar a ansiedade e não desanimar.

7. Monitore o andamento da lista de atividades que você estabeleceu e ajuste-a para refletir o seu progresso. Se for o caso, altere algumas tarefas.
Lembre-se sempre de que quando falamos em mudanças, o mais importante não é a velocidade, mas a constância e o ritmo.

A Decisão de Ser o Próprio Patrão

Muitos fatores podem influenciar uma pessoa na hora de optar pela abertura de um negócio. Por isso mesmo, é preciso muita reflexão para não errar na escolha.
A decisão de ser o próprio patrão não ocorre por acaso nem por um passe de mágica. É fruto de uma cadeia de acontecimentos que mexem com aspectos pessoais e profissionais de um indivíduo. Para a consultora de empresas Dulce Magalhães, abrir uma empresa está no inconsciente coletivo das pessoas. Assim, muitos são levados a empreender não por um desejo próprio, mas porque são
impulsionados para isso.

O professor Rogério Chèr, autor do livro Meu Próprio Negócio, afirma que muitos “empreendedores” abrem seus negócios por motivações incorretas. “Em primeiro lugar, além do status de ser empresário e seu próprio patrão, dono do próprio nariz, muitos acreditam que terão maior liberdade, que serão donos dos seus horários. A experiência indica algo bem diferente. O empreendedor iniciante trabalha muito – às vezes até aos fins de semana – e sem ganhar hora extra”, explica Chèr.

Outro problema, segundo o professor, é abrir o negócio em função exclusivamente de dominar uma técnica. “O sujeito pensa: ‘Sei fabricar esse produto, ou sei prestar esse serviço. Então vou abrir uma empresa para comercializá-los’. A premissa nesse caso é a seguinte: ‘Ao conhecer como se faz esse produto e como se presta esse serviço, automaticamente sei como se opera um negócio que comercializa tanto o produto quanto o serviço’. Engano. A pergunta que fatalmente deixa de ser feita nesses casos é: ‘Existe alguém lá fora interessado nisso?’”, ensina.

O professor Fernando Dolabela, um dos grandes nomes do ensino do empreendedorismo no Brasil, afirma que existem empreendedores voluntários e involuntários. “Para estes últimos as portas dos empregos estiveram fechadas por vários motivos, principalmente porque não tiveram acesso à educação de alto nível”, analisa. “Os empreendedores voluntários, minoria entre nós, não escondem
seus sonhos e passam a vida tentando realizá-los”, completa.
Nesse sentido, há várias motivações para que uma pessoa decida abrir seu próprio negócio. Mas por qualquer motivo que seja, a decisão de ser o seu próprio patrão exige do futuro empresário uma profunda reflexão. Afinal, a decisão modifica o presente e projeta seu futuro. “Em geral, o empresário bem-sucedido guarda consigo a convicção – ainda que inconscientemente formada – de que o maior inimigo a temer é ele mesmo”, afirma o professor Rogério Chèr. “Abrir um negócio próprio não é uma atividade restrita aos privilegiados pelo destino. O sucesso depende de uma criteriosa auto-análise, de um plano de negócios, do conhecimento sobre o segmento de mercado em que se pretende atuar, da
vontade e da atitude perante oportunidades empreendedoras”, analisa.

Perfil profissional: confira em qual você se enquadra

O trabalho em equipe é bastante rico e desafiador, já que reúne diferentes profissionais, com suas características marcantes, sejam positivas ou não.

Profissionais de recursos humanos destacam que é justamente nesta diversidade de perfis que se consegue formar, com trabalho e dedicação, um grupo coeso e eficiente.

Mas você já pensou nos diferentes tipos de personalidade e comportamento que as pessoas costumam apresentar no ambiente de trabalho?

Características marcantes
Alguns traços de personalidade são marcantes, ficando fácil para você, ao analisar seus colegas no dia ou observando a si mesmo, identificá-los.

É o caso, por exemplo, daquele profissional que vive apagando incêndios, mas não dá conta do seu trabalho: corre de um lado para outro, preocupa-se com os problemas alheios, trabalha sem qualquer planejamento e, ao final de um dia exaustivo, não apresenta nada de concreto!

Mudar para quê?
Há ainda o profissional avesso às mudanças: está há tempos na empresa e, embora nem sempre esteja satisfeito com a rotina, afirma que "em time que está ganhando, não se mexe".

O conformista acredita que é sempre melhor deixar tudo como está, com medo de se perder vantagens, adquiridas pelo tempo "de casa", na inovação.

Sei tudo sim...e daí?
Quem acha que sabe muito, cai numa tremenda armadilha. Para os que estão à sua volta, trabalhar com alguém "bem dotado" de conhecimentos é positivo...só no início.

Porém, com o tempo, esses profissionais com grande experiência profissional e acadêmica passam a achar que já sabem e viram de tudo, o que os leva ao excesso de autoconfiança e, pior ainda, ao desinteresse.

Com medo de perderem espaço, negam-se a dividir conhecimento e a treinar seus companheiros de equipe. Vangloriando-se pela experiência adquirida, sua presença acaba sendo danosa ao resto do grupo.

Onde há um esconderijo?
Cada um por si é o grito de guerra deste profissional, que geralmente tem bons resultados em sua avaliação de desempenho, mas não esboça qualquer preocupação com relação à equipe.

Vive afundado em sua cadeira, como se fosse sua "caverna"; recusa-se, muitas vezes inconscientemente, a treinar outros membros da equipe e fala pouco ou quase nunca, evitando se envolver "em problemas que não são seus".

E então, definiu o seu perfil? Observe sua postura e seu desempenho de forma bastante imparcial. Em breve perceberá os resultados. Boa sorte!